O mundo é repleto de possibilidades. Assim é a vida. A estrutura dela é um infinitude de possibilidades. Como se fosse uma complexo algoritmo de milhares de milhares de procedimentos de condição: Se. Se eu fizesse isso, se aquilo, se fosse, se não. Se eu fosse seria assim, senão assado. Senão se então, e uma gama de possibilidades impossíveis de serem descritas, por que essas pequenas escolhas incentivadas pelas nossos procedimentos condicionados, acontecem aos milhares em nossa vida, diariamente.
Rodeados de possibilidades, cada uma dessas escolhas em um ínfimo “se”, nos trouxe hoje diante do “se” que mais nos atormenta e tira o sono. Se tivesse me casado, se não, se eu estudasse mais, se eu tivesse escolhido aquele curso, se não tivesse terminado esse namoro, se decido pela minha vocação, onde eu estaria hoje?
Eu formei num curso técnico em Processamento de Dados e trabalhei um tempo como programador de computadores. Esses procedimentos de condição era o que eu mais pirava e curtia quando programava. Alguns softwares trabalham com vários procedimentos condicionais intercalados. Essa era uma das maneiras de entender o que um usuário gostaria quando fazia algum simples movimento no mouse. Bobeiras como se direita, se esquerda, se X=123px.
Hoje eu ‘tava’ pensando na vida, quando eu programava, qualquer erro num desses procedimentos condicionais, jamais levaria os usuários aos resultados esperado. Muitas das vezes, pequenos erros de sinais ou variáveis, ou um simples erro de lógica impediria todo o projeto de funcionar corretamente. E então, era necessário voltar linhas e linhas de programa corrigindo todos os procedimentos intercalados de condição.
Não é diferente na minha vida. São várias condicionais, refletindo no meu dia-a-dia. Várias opções, possibilidades, decisões. Intervindo muitas das vezes naquilo que eu esperava do meu futuro quando então ele se torna presente. Numa programação há possibilidades de voltar e rever um procedimento e corrigi-lo. Na vida, muitas das vezes não. Mas não por isso menos importante voltar e rever nossos caminhos e nossas decisões. Algumas vezes não vai dar para voltar e refazer o procedimento, mas a partir dali perceber muitas outras possibilidades que no momento da escolha pareciam impossíveis de se apreender. Noutras vezes, seremos hábeis de voltar e recomeçar, e faze de novo, diferentemente.
É o que penso de um conselho dado na bíblia, sobre lembrar de onde se caiu e se arrepender e voltar a fazer as coisas do início. Outras opções, outras possibilidades. Hoje é aqui que estou eu, tentando lembrar onde foi o começo de tudo e quando foi que tudo mudou. Se houve procedimento de condição, então em algum momento algo mudou daquilo que foi proposto primeiro, então devo voltar onde tudo mudou e retomar às primeiras proposições. Senão, tudo deve estar na mais perfeita coerência, do jeito que Deus sempre quis.
Abraços!